O ato de amamentar é um dos mais importante que uma mulher durante a primeira infância de seu filho, porque é quando ela doa muito
mais do que nutrientes: doa amor, carinho, afeição, como já citei em Amamentação: o resgate do poder feminino.
Isso ocorre porque, durante a amamentação, o corpo feminino
libera uma quantidade enorme de ocitocina. Os
hormônios são os responsáveis pela manifestação das nossas emoções. Assim, a
ocitocina é responsável pela manifestação do amor, o que também o torna responsável pelo vinculo entre mãe e filho.
Então, um ato transcendental como a amamentação, também é cercado por inúmeros mitos, dentre os quais podemos citar: "que o consumo de cerveja preta
aumenta a produção de leite".
Propaganda de cerveja como um estimulante para a lactação no fim do século 19
Este mito nasceu quando uma industria de cerveja norte-americana
divulgou que o salsodinol, um dos componentes da cerveja escura, estimularia a
produção de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite.
Somente após muitas pesquisas descobriu-se que esta substância não tem efeito na produção de leite.O que comprova que, o ato de beber cerveja durante a amamentação, é um mito.
O que realmente faz a mulher produzir uma quantidade maior de leite é ingerir água, ou seja, liquido.
Somente após muitas pesquisas descobriu-se que esta substância não tem efeito na produção de leite.O que comprova que, o ato de beber cerveja durante a amamentação, é um mito.
O que realmente faz a mulher produzir uma quantidade maior de leite é ingerir água, ou seja, liquido.
Muito tempo se passou e este mito, além de se manter como uma verdade, foi reforçado, pois inúmeras mulheres acham mais
prazeroso, ingerir bebida alcoólica (cerveja), do que água ou suco natural, afinal tudo é liquido.
Mas quais as consequência deste ato: a ingestão de bebida
alcoólica durante a amamentação?
O álcool contido na cerveja e em outras inúmeras bebidas
alcoólicas, quando ingerido por nutrizes ( mulheres que estão amamentando),
interfere na qualidade e sabor do leite produzido.
Isso ocorre, porque o leite é produzido glândulas mamárias da seguinte forma: o sangue materno passa por estas glâdulas, há um aumento na produção de prolactina que age na transformação de sangue em leite. Assim, a mesma quantidade de álcool
circulante no sangue materno estará presente em seu leite.
Quantidade de álcool contido no sangue de um individuo de
70kg e seus efeitos:
Quantidade de álcool por litro de sangue
(em gramas)*
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Efeitos
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0,2 a 0,3 g/l - equivalente a um copo de
cerveja, um cálice pequeno de vinho, uma dose de uísque ou outra bebida
destilada
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As funções mentais começam a ficar
comprometidas. A percepção da distância e da velocidade são prejudicadas
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0,3 a 0,5 g/l - dois copos de cerveja, um
cálice grande de vinho, duas doses de bebidas destiladas
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O grau de vigilância diminui, assim como o
campo visual. O controle cerebral relaxa, dando sensação de calma e satisfação
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0,51 a 0,8 g/l - três ou quatro copos de
cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque
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Reflexos retardados, dificuldades de
adaptação da visão a diferenças de luminosidade, super estimação das
possibilidades e minimização de riscos e tendência à agressividade
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0,8 a 1,5 g/l - a partir dessa taxa, as
quantidades são muito grandes e variam de acordo com o metabolismo, com o
grau de absorção e com as funções hepáticas de cada indivíduo
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Dificuldades de controlar automóveis,
incapacidade de concentração e falhas na coordenação neuromuscular
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1,5 a 2,0 g/l
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Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão
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2,0 a 5,0 g/l
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Embriaguez profunda
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5,0 g/l
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Coma alcoólica
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Fonte: www.alcoolismo.com.br
A tabela acima faz uma
relação entre a quantidade de bebida alcoólica ingerida e seus sintomas, mas a quantidade de álcool
circulante no corpo varia com a massa corpórea de cada individuo, ou seja, seu peso e estatura.
Vale lembrar, que existe um periodo de eliminação do alcool ingerido que varia com a quantidade consumida, então mesmo que a mulher não amamente em quanto faz uso da bebida alcoolica, anida é capaz de transferir o alcool pelo seu leite.
Sendo assim, mesmo que a mulher consuma um copo de cerveja
e a quantidade de álcool no seu corpo seja minima, no momento da amamentação ocorre a transferência do álcool para o bebê, o teor alcoólico no
sangue do recém-nascido torna-se muito maior, o que leva a criança a ficar embriagada e sonolenta, pois o álcool age diretamente no seu sistema nervoso central.
Como o bebê dorme com facilidade, depois da ingestão do álcool contido no leite materno, ele amamenta por um período menor, o que interfere em seu sistema imunológico,
que está em processo de formação e necessita dos anticorpos materno, para
se defender de microrganismos.
Acarreta, ainda, na diminuição da produção de leite, pois além de ingerir liquido a mulher necessita de estimulo para ter uma produção adequada de leite, ou seja, o bebê precisa sugar , como a criança dorme um periodo muito longo, não mama, e assim não estimula a produção do leite, ocorrendo o desmame precoce.
Acarreta, ainda, na diminuição da produção de leite, pois além de ingerir liquido a mulher necessita de estimulo para ter uma produção adequada de leite, ou seja, o bebê precisa sugar , como a criança dorme um periodo muito longo, não mama, e assim não estimula a produção do leite, ocorrendo o desmame precoce.
Segundo a pesquisa de Thomas Trotter, o desmame precoce
aumenta o risco de alcoolismo na fase adulta. Isso porque, o álcool
produz uma sensação de prazer, que se confunde com o sentimento de amor que é gerado
no momento da amamentação, mas como a mesma foi interrompida ocorre uma carência deste sentimento o que leva o adulto ao alcoolismo.
Então, consumir bebida alcoólica durante o periodo da amamentação, não
leva ao aumento da produção de leite, mas, o contrario, ao desmame precoce e
este traz efeitos muito mais drásticos do que os demostrados na tabela;
interfere na formação e nas tendencias de um novo ser humano.
Textos complementares de leitura:
Bebida alcoólica – Blog um pouco de luz
O álcool e seus efeitos na gestação – Blog gestando vidas
O álcool – Livro Drogas: da dependência à liberdade
consciente